Ditadura no Brasil
Abril é um mês emblemático para a nossa história. Segundo os registros oficiais, foi em abril que a terra ora chamada de Brasil foi invadida. Nesta invasão, iniciam-se os mais de 500 anos de exploração, violência e genocídio contra as populações que aqui viviam. Em abril é comemorado também o “dia do índio”, data que lembra mas que também estigmatiza e reforça estereótipos sobre os muitos povos indígenas do nosso território. Na nossa história recente, em abril do ano de 1964, tem o início da ditadura civil-militar no Brasil. Instaurada por um golpe, o período de 21 anos foi marcado pelo fim da democracia, pela censura, perseguição, tortura e morte daqueles que eram contrários ao regime. E onde estavam as populações indígenas naquele momento? Resistindo. Em 1969 foi criado na cidade de Resplendor (MG) “o Reformatório Agrícola Indígena Krenak, um ‘centro de recuperação’ de índios mantido pela ditadura militar. Indígenas de todas as regiões do Brasil foram jogados em suas celas, acusados por ‘crimes’, como desacato ao chefe do posto, vadiagem, consumo de álcool e pederastia (homossexualidade masculina)”*. Além disso, ali foram criadas as Guardas Rurais Indígenas, que eram indígenas treinados que tinham como missão aplicar sobre outros indígenas, práticas de torturas que eles aprendiam com os homens brancos. Este é apenas um curto capítulo sobre o que a ditatura causou às populações indígenas brasileiras. Vale lembrar que a nossa história sempre foi, e continua sendo, violenta, genocida e silenciadora com essas populações. A memória da ditadura serve para lembrar que episódios como esse não podem voltar a acontecer. Ditadura nunca mais! *Fonte: http://memoriasdaditadura.org.br #ditaduranuncamais #resistenciaindigena #cllnaquarentena #cursinhonaquarentena
